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PRAÇA JÚLIO PRESTES, Nº 16
01218 020 | SÃO PAULO - SP
+55 11 3367 9500
SEG A SEX – DAS 9h ÀS 18h
22
out 2017
domingo 11h00 Concertos Matinais
Matinais: Osesp e Peleggi


Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Valentina Peleggi regente
Layla Köhler oboé


Programação
Sujeita a
Alterações
Johannes BRAHMS
Abertura Trágica, Op.81
Richard STRAUSS
Concerto Para Oboé em Ré Maior

 

Este concerto integra as apresentações dos cinco jovens selecionados na edição 2017 do Concurso Jovens Solistas da Osesp.

INGRESSOS
  Gratuito
  DOMINGO 22/OUT/2017 11h00
 

Ingressos disponíveis na bilheteria do 1º subsolo da Sala São Paulo a partir da segunda-feira anterior ao concerto, limitados a quatro por pessoa. A partir de cinco ingressos, será cobrado o valor de R$ 2,00 por ingresso, também limitados a quatro por pessoa. Devido à grande procura, recomendamos que verifique se há disponibilidade de ingressos.
20 % dos ingressos são reservados para distribuição no dia do concerto, a partir das 9h30, apenas um ingresso por pessoa. Recomendamos a chegada antecipada.
Informações: T 55 11 3223 3966.

Sala São Paulo
São Paulo-SP - Brasil

Notas de Programa

BRAHMS

Abertura Trágica, Op.81


Brahms consagrou-se como um dos grandes defensores da chamada “música pura”, que não precisaria se apoiar em narrativas literárias (ou de qualquer ordem) para “fazer sentido”. Não espanta que a escolha de títulos para suas poucas obras que fogem da simples catalogação por número de opus (ou sequência de obras em determinado gênero) tenha sido sempre algo fortuita.


Poucos meses depois de compor seu Op.80, a Abertura do Festival Acadêmico, em 1879, Brahms escreveu uma nova abertura, de caráter oposto. Em carta a seu velho amigo Bernhard Scholz, diretor da sociedade sinfônica de Breslau, o compositor apresenta a criação e pergunta: “É uma abertura ‘Dramática’, ou ‘Trágica’, ou ‘Fúnebre’. Veja que, mais uma vez, sou incapaz de encontrar um título — pode me ajudar?”. Sem solução melhor, o Op.81 acabou ficando conhecido como Abertura Trágica.


A peça inicia com dois acordes tocados pela orquestra completa; dois ataques secos, que surpreendem o ouvinte desatento. Os tímpanos rugem e as cordas em uníssono apresentam o vigoroso primeiro tema, marcado por uma certa ambiguidade harmônica e pela austeridade da orquestração. O segundo tema tem caráter mais lírico e é harmonizado com maestria, garantindo o contraste característico da forma-sonata. Brahms desacelera o andamento e propõe um desenvolvimento em ritmo de marcha, numa seção central de extrema delicadeza. A recapitulação não abandona o clima camerístico
 do desenvolvimento e os elementos dramáticos (ou “trágicos”) reaparecem apenas na coda, garantindo um desfecho enfático.


RICARDO TEPERMAN é doutor em Antropologia pela USP

e editor na Companhia das Letras.