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PRAÇA JÚLIO PRESTES, Nº 16
01218 020 | SÃO PAULO - SP
+55 11 3367 9500
SEG A SEX – DAS 9h ÀS 18h
06
ago 2017
domingo 11h00 Concertos Matinais
Matinais: Guerrero e Staneck


Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Giancarlo Guerrero regente
José Staneck gaita


Programação
Sujeita a
Alterações
Marlos NOBRE
Passacaglia
Heitor VILLA-LOBOS
Concerto para Harmônica e Orquestra
Carlos CHÁVEZ
Sinfonia Índia

Este concerto conta com recursos de acessibilidade. Para inscrições e mais informações, clique aqui.

INGRESSOS
  Gratuito
  DOMINGO 06/AGO/2017 11h00
 

Ingressos disponíveis na bilheteria do 1º subsolo da Sala São Paulo a partir da segunda-feira anterior ao concerto, limitados a quatro por pessoa. A partir de cinco ingressos, será cobrado o valor de R$ 2,00 por ingresso, também limitados a quatro por pessoa. Devido à grande procura, recomendamos que verifique se há disponibilidade de ingressos.
20 % dos ingressos são reservados para distribuição no dia do concerto, a partir das 9h30, apenas um ingresso por pessoa. Recomendamos a chegada antecipada.
Informações: T 55 11 3223 3966.

Sala São Paulo
São Paulo-SP - Brasil

Notas de Programa

NOBRE

Passacaglia


A minha Passacaglia, composta em 1977, segue a ideia fundamental dessa forma musical, sendo, portanto, baseada em um único tema que, anunciado nos baixos, se repete praticamente inalterado nos graves da orquestra no decorrer de toda a obra. Sobre ele construo uma série de cerca de 120 variações, recorrendo também a diversos processos de ampliação constante do material. Desde o início utilizo duas variantes dos hinos do Brasil e da França, cujas notas iniciais, curiosamente, são praticamente as mesmas. [...]


Outras inspirações são tomadas das grandes tradições populares da música do Brasil, como é o caso da rítmica do samba carioca, do maracatu do Recife, do carimbó do Pará, do Peixe Vivo de Minas Gerais, da Prenda Minha do Rio Grande do Sul. Todas essas recordações sonoras vão se agregando e provocando em minha mente novos motivos derivados, modificados e ampliados em momentos de grande intensidade sonora que contrastam com algumas seções e variações líricas e cantantes.


Na última seção, após uma grande suspensão do fluxo orquestral, duas variantes dos hinos do Brasil e da França explodem no meio da reexposição com fragmentos tematicamente transformados de todos os elementos utilizados até então.

 

Marlos Nobre nasceu em 1939 no Recife (PE). Um dos compositores brasileiros

de maior prestígio, é autor de Sacre Du Sacre (Encomenda Osesp, 2013)

e Kabbalah (Tocada pela Osesp nos Proms, de Londres, no ano passado),

entre muitas outras obras.

 


VILLA-LOBOS

Concerto Para Harmônica e Orquestra

 

[...] O Concerto para Harmônica [1955] de Villa-Lobos, encomendado pelo famoso virtuose norte-americano John Sebastian, estreou em Washington, com a Orquestra Sinfônica da Força Aérea dos Estados Unidos, dirigida por Guillermo Espinosa. [...] Organizado em três movimentos, o Concerto tem uma orquestração discreta e explora intensamente as possibilidades cantantes do instrumento, bem como os efeitos de oitavas, notas duplas e acordes.


O “Allegro Moderato”, que alterna 7/4 e 4/4, possui dois temas principais, um à entrada da orquestra e outro à do solista, ambos de ambientação modal, mas sem referências folclóricas. Na seção central do movimento, o solista retoma o tema da introdução orquestral, e a partir daí explora as possibilidades cromáticas do instrumento, contra solos das madeiras. Na seção final, é a orquestra que inicia com o tema do solista, que faz sua entrada em arpejos, e prossegue em floreios sobre a melodia dos violinos, até o breve final.


O “Andante”, também em Lá Menor, traz um tema eloquente, em oitavas, nas cordas e madeiras, logo retomado de maneira ampla pelo solista, acompanhado discretamente pelas cordas. [...]


O “Allegro” final, rítmico e dinâmico, com um tema em sequência, típico de Villa-Lobos, tem como novidade a cadência, que reapresenta o material inicial do primeiro movimento, após o quê, a volta do tema do “Allegro” encerra o Concerto em Dó Maior.

 

Roberto Dante Cavalheiro Filho é pianista e professor da

Escola Municipal de Música de São Paulo.

 

 

CARLOS CHÁVEZ

Sinfonia Índia


Nascido na Cidade do México, Carlos Chávez teve decisiva participação na vida musical de seu país ao longo do século XX. Sua Sinfonia Índia — a segunda —, estreada em 1936 com o próprio compositor à frente da Columbia Broadcasting Symphony Orchestra, é uma música que se impõe pela própria força de sua massa orquestral, construída pouco a pouco ao longo da peça.

 

Assim como acontece na Fantasia Para Saxofone de Villa-Lobos, aqui há uma utilização especial do ritmo, que neste caso se dá por meio de encaixes e desencaixes entre diferentes células justapostas. Ainda que sejam reconhecíveis determinados elementos de estilo que remetem à escrita de Stravinsky, chamam a atenção o tratamento meticuloso que Chávez dá ao naipe de percussão e a condução da narrativa a partir de temas derivados da música indígena mexicana.


Nos dois últimos minutos, com a harmonia e o ritmo estabilizados, o foco enfim se concentra no adensamento da textura, que se intensifica até o inevitável corte do silêncio final.


SERGIO MOLINA é compositor, Doutor em Música pela USP,
coordenador da Pós-Graduação em Canção Popular na FASM (SP)
e professor de Composição no ICG/UEPA de Belém.